Para celebrar os 50 anos de Irati, líderes iratienses iniciaram, em 1956, discussão sobre a realização de um evento que marcasse a data. Jorge Garzuze, do Jornal Correio do Sul, encabeçava a movimentação. Como professor do Colégio São Vicente, na época, Garzuze debateu a idéia junto a outros colegas da área, durante reunião informal no próprio estabelecimento de ensino, onde surgiu a idéia da construção de um monumento em uma das colinas que circundam a cidade, o morro fronteiriço ao centro da mesma. A imagem da Padroeira do município, Nossa Senhora da Luz, foi a primeira referência levantada, mas a figura do Menino Jesus, no colo da Santa dificultaria o trabalho do escultor. Através de pesquisa entre os cidadãos nas várias reuniões que aconteceram, ficou decidido que seria a imagem de Nossa Senhora das Graças, em função da grande devoção popular. Depois de anúncios nos jornais da época, iniciou-se a campanha de arrecadação de recursos para o custeio da imagem, a ser esculpida, em 70 peças, por Ottaviano Papaiz, da Oficina Artística de Escultor e Estucador de Campinas (SP), pesquisado pelo Padre Rui Pereira. Os primeiros cidadãos a contribuírem para a construção da imagem, em 28 de junho de 1957, orçada em Cr$ 7.350,00, foram o governador Moisés Lupion e o prefeito de Irati João Mansur. A comissão responsável pela campanha teve o cuidado de procurar um pintor de mosaicos e pintar a imagem conforme as aparições de Nossa Senhora das Graças, à jovem Catarina Labouré, em 1830 na França. Os cálculos para a construção do pedestal foram feitos por José Jacob Wasilewski. O padre Rui Pereira estava viajando quando as mãos da Santa foram concretadas na posição horizontal e não na posição correta, caídas, derramando graças. O monumento foi inaugurado ainda assim e, em seguida foram então os iratienses que, com ajuda de pedreiros e pesados andaimes, com muita dificuldade, reposicionaram as mãos da Santa na forma correta. |